CAUSAS
Em
28 de Junho de
1914 o Arquiduque
Francisco Ferdinando, sobrinho do Imperador
Francisco José e herdeiro do trono
Austro-Húngaro e sua esposa Sofia, duquesa de
Hohenburg, foram assassinados em
Sarajevo, então parte do
Império Austro-Húngaro. A conspiração envolveu
Gavrilo Princip, um estudante sérvio que fazia parte de um grupo de quinze assaltantes que formavam o grupo
Bósnia Jovem, que atuava em conjunto com o grupo ultra-nacionalista
Mão Negra.Após o assassinato, o governo
Austro-Húngaro apoiado por seus aliados
alemães enviou um ultimato contendo várias requisições, dentre as quais que o governo
sérvio seria o responsabilizado pelo atentado e que agentes austríacos fariam parte das investigações. Esta última requisição acabou sendo negada pela
Sérvia, já que constituía na opinião do Estado uma afronta a sua soberania. Tal recusa sérvia também se deu pela esperança do apoio
russo no caso de uma eventual
guerra, pela política do
Pan-eslavismo. Com isso o
Império Austro-Húngaro declarou
guerra à
Sérvia em
28 de Julho.
As razões para a eclosão da I Guerra Mundial são uma questão complexa uma vez que decorrem de uma multiplicidade de fatores tais como:
Imperialismo
Disputas prévias não resolvidas
Um complexo sistema de alianças
Governos não-unificados
Atrasos e discrepâncias nas comunicações diplomáticas
Corrida armamentista
Planejamento militar rígido
Movimentos Ultra-nacionalistas, como o Irredentismo.
Nota:O atentado de Sarajevo é considerado hoje como o estopim da guerra, ou seja, o pretexto que era necessário para o inicio das batalhas, e não como uma causa direta.
BRASIL E A GRANDE GUERRA
A partir deste momento, por um lado, sob a liderança de políticos como
Rui Barbosa recrudesceram agitações de caráter nacionalista, com comícios exigindo a "imperiosa necessidade de se apoiar os Aliados com ações" para por fim ao conflito. Por outro lado, sindicalistas, anarquistas e intelectuais como
Monteiro Lobato criticavam essa postura e a possibilidade de grande convocação militar, pois segundo estes, entre outros efeitos negativos isto desviava a atenção do país em relação a seus problemas internos.
Assim, devido a várias razões, de conflitos internos à falta de uma estrutura militar adequada, a participação militar do Brasil no conflito foi muito pequena; resumindo-se no envio ao front ocidental em
1918 de um grupo de aviadores do
Exército e da
Marinha que foram integrados à
Força Aérea Real Britânica e de de um corpo
médico-
militar.
Fim da Guerra
A partir de
1917 a situação começou a alterar-se, quer com a entrada em cena de novos meios, como o
carro de combate e a
aviação militar, quer com a chegada ao teatro de operações europeu das forças norte-americanas ou a substituição de comandantes por outros com nova visão da guerra e das tácticas e estratégias mais adequadas; lançam-se, de um lado e de outro, grandes ofensivas, que causam profundas alterações no desenho da frente, acabando por colocar as tropas alemãs na defensiva e levando por fim à sua derrota. É verdade que a Alemanha adquire ainda algum fôlego quando a revolução estala no
Império Russo e o governo bolchevista, chefiado por
Lênin, prontamente assina a paz sem condições, assim anulando a frente leste, mas essa circunstância não será suficiente para evitar a derrocada. O
armistício que põe fim à guerra é assinado a
11 de Novembro de
1918. Às 11h do 11º dia do 11 mês.
A Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial opôs os Aliados às Potências do Eixo, tendo sido o conflito que causou mais vítimas em toda a história da Humanidade, com mais de 70 milhões de mortes. Em estado de guerra total, mobilizou mais de 100 milhões de militares. As principais potências colocaram suas áreas econômicas, científicas e industriais a serviço da guerra. Causas
A Primeira Guerra Mundial - "feita para pôr fim a todas as guerras" - transformou-se no ponto de partida de novos e irreconciliáveis conflitos, pois o
Tratado de Versalhes (
1919) disseminou um forte sentimento nacionalista, que culminou no
totalitarismo nazi-
fascista. As contradições se aguçaram com os efeitos da
Grande Depressão. Além disso, a política de apaziguamento, adotada por alguns líderes políticos do período entre guerras e que se caracterizou por concessões para evitar um confronto, não conseguiu garantir a paz internacional. Sua atuação assemelhou-se à da
Liga das Nações: um órgão frágil, sem reconhecimento e peso, que deveria cuidar da paz mundial, mas que fracassou totalmente. Assim, consolidaram-se os regimes totalitários. O germânico de origem austríaca
Adolf Hitler defendia que a Alemanha necessitava mais espaço vital, ou "Lebensraum", e por isso queria estabelecer uma fronteira com a
União Soviética. Hitler anexou ao
Reich alemão a Áustria, seguido da
Tchecoslováquia. A essas anexações, as potências ocidentais européias não responderam, mas quando Hitler avançou sobre a
Polônia, foi declarado um conflito, e iniciou-se a Segunda Guerra Mundial.
O Fim da Guerra
Em Março de 1944, as forças japonesas que ocupavam a Birmânia, deram início a um ataque contra a Índia, mas acabaram por ser derrotadas em Impanhal. No Norte da China, as forças japonesas, começaram a enfrentar as forças comunistas de Mao Zedong. A Guerra Sino-Japonesa, que mobilizava mais de um milhão de homens, gastava mais recursos que a Campanha do Sul. Em agosto de 1944, depois de lançada a última ofensiva em Ichi Go, o Império japonês, tomou grande parte do Sul da China Central, estabelecendo uma ligação terrestre com a Indochina e inviabilizando o território chinês como base para que os aviões caça aliados pudessem escoltar os bombardeiros em direção ao Japão.
No entanto, as forças Aliadas do Pacífico já haviam chegado perto do arquipélago nipónico. Após tomar as ilhas Marianas em Junho-Julho de 1944, os americanos obtiveram sucesso em uma série de batalhas aéro-navais em Luzon nas Filipinas, desembarcando nas mesmas no final de Outubro. No início de 1945, a instalação de bases aéreas nas ilhas de Iwo Jima (em Fevereiro) e Okinawa (em Abril), mesmo antes da tomada completa das mesmas pelos Americanos, trouxeram o Japão para dentro do alcance dos caças de escolta de longo alcance (principalmente os P-51 Mustang), o que viabilizava à partir de então os ataques aéreos e navais, começando assim os bombardeamentos incendiários contra as principais cidades japonesas. As escoltas executadas pelos caças mantinham ocupada, além de debilitar ainda mais a já combalida aviação de guerra japonesa, então na defensiva, fazendo com que os ataques aéreos, principalmente os executados pelos aviões-bombardeiros norte-americanos B-29 pudessem, à partir do final de fevereiro de 1945, ser efetuados com perdas aceitáveis para as forças atacantes. Ao final de junho, quando se conclui a tomada de Okinawa, tais bombardeamentos que em certo momentos eram realizados sem oposição, já haviam causado a destruição completa de 69 cidades japonesas e a morte de mais de 393.000 civis. Durante este mesmo período, os comunistas recomeçavam a avançar na China; a maior parte das ilhas Filipinas era retomada pelos americanos; enquanto os Britânicos recuperavam por completo a Birmânia, ao mesmo tempo que avançava uma rebelião contra as forças japonesas no Vietnam. Em meados de Julho o Imperador
Hirohito, verificando as elevadas perdas e a deterioração da situação nos últimos meses, autorizou que o embaixador japonês na
União Soviética contactasse
Estaline para apresentar uma rendição do Japão. Estaline recebeu a mensagem algumas horas antes da conferência dos
Aliados na Alemanha, apresentando assim a proposta de rendição japonesa a
Harry Truman. Os Aliados ocidentais pediam ao Japão uma rendição incondicional, contudo o Japão decidiu não responder devido aos termos de rendição dos Aliados não especificarem o futuro do Imperador — visto como um deus para o povo japonês — tal como o sistema imperial. Harry Truman, após a sua chegada à conferência, recebeu uma mensagem que indicava que o teste da
bomba atómica "Trinity" tinha sido bem sucedido; decidido a ganhar a guerra utilizando o
projecto Manhattan e demonstrar o poder de força da nova arma ao aliado russo, deu indicações a Estaline que ignorava a mensagem japonesa.
A
6 de Agosto, a
bomba atómica "
Little Boy", foi lançada sobre
Hiroshima do
B-29 "
Enola Gay", pelo "esquadrão Atómico", contudo esta bomba não teve o efeito esperado, não tendo pronta reacção do Imperador Hirohito ou do Gabinete de Guerra japonês. A maior do povo japonês desconhecia ainda o ataque a Hiroshima, pois as estações de rádio e jornais não relataram nada sobre os efeitos do ataque, apenas sobre um novo tipo de bomba desenvolvido.
Com o avanço Soviético e a decisão nipônica de ignorar o ultimato para rendição, Truman decide pelo lançamento de uma segunda bomba atómica, a "
Fat Man" que foi lançada pelo B-29 "Bock's Car" sobre
Nagasaki a
9 de Agosto.
Mesmo antes, com a maior parte das forças militares japonesas derrotadas e isoladas, assim como o próprio Japão, cercado com dezenas de suas principais cidades em escombros e a indústria arrasada; somente após essas 2 cidades terem sido atingidas pelos engenhos nucleares, causando cerca de 300 mil mortos instantaneamente, e um número indeterminado de vítimas posteriormente, devido à contaminação pela radiação; é que decidiu o Imperador japonês aceitar a rendição incondicional. As chefias norte-americanas justificaram esta acção afirmando que uma invasão do Japão teria custos muito mais elevados em termos de vidas de militares de ambos os lados e civis japoneses.
A
15 de Agosto o imperador do
Japão Hirohito faz um anúncio público pelo rádio acatando a rendição incondicional, tendo esse dia ficado conhecido, em relação à guerra no Oriente, como o ``Dia da Vitória´´,
V Day em inglês.
À
2 de setembro, mesmo dia em que no Vietnam
Ho chi min proclavama a independência daquele país, o Japão assinava formalmente diante dos representantes das Nações Aliadas no Oriente a rendição a bordo do
USS Missouri, na baía de
Tóquio pondo fim a Segunda Guerra Mundial.